Cap.1: Tremei, gigantes do Mundo!

Há muitos séculos em uma aldeia de La Mancha, entre campos de trigo e moinhos de vento, conta-se que uma criança batizada de Alonso Quijano morava lá. Aos seus cinquenta anos, ele começa a ler de tudo, viagens, poemas de amor e de romance, etc. Mas, o que o deixava louco eram os livros de cavalaria.

Nos livros de cavalaria contavam as aventuras de sujeitos chamados " Cavaleiros Andantes ". Eles iam pelas estradas a cavalo, com uma lança na mão, uma espada pendurada no cinto e um escudo sobre o peito. Eles protegiam os órfãos e as viúvas de terríveis criaturas. Eles dormiam nos bosques e sonhavam com lindas princesas.

Dom Alonso gostava tanto de livros de cavalaria, que ficava dia e noite lendo sem parar. Ele também ficou sem comer e dormir, para ficar só lendo. Chegou, também a vender algumas de suas terras para comprar mais e mais livros. Até, que de tanto ele ler e de tão pouco dormir, seu cérebro secou e ele ficou louco. Foi quando ele resolveu ser um cavaleiro andante. E se próprio nomeou de Dom Quixote de La Mancha.

Para Dom Quixote ser um cavaleiro andante, precisava de armas para lutar. Ele arrumou uma armadura e uma lança que estavam guardadas de seus bisavós. Ele as ajeitou e provou-nas. O cavalo que Dom Quixote tinha, só era pele e osso, pois ele não tinha dinheiro para comprar um melhor. O próprio deu o nome do cavalo de Rocinante.

Mas para um bom cavaleiro, estava faltando uma princesa a quem amar. Não tinha nenhuma princesa em La Mancha, todas eram camponesas simples. Então, ele se lembrou de Aldenza Lorenzo, uma camponesa de Toboso que ele havia se apaixonado por ela quando jovem, porém nunca havia falado com ela. Aldonza Lorenzo, não era o que podia chamar-se uma mulher bonita. Porém, como Dom Quixote estava louco, imaginou que ela fosse uma princesa; a princasa Dulcinéia de Toboso. Na imaginação de Dom Quixote, Dulcinéia era linda, qualquer homem gostaria de ter conhecido uma mulher como ela.

Anne Kelly de Melo Calheiros